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Flávia Ghelardi considers how teaching our children to live with their mistakes is a God-inspired parenting lesson.


Flávia Ghelardi writes from Brazil in English and Portuguese. Vá para a versão em português.

We mothers are programmed to always protect our children. From the womb, our mission is to make sure that those little creatures grow and develop healthily, feeding, caring, educating, and above all, protecting them from all dangers. In any situation of pain, from a scraped knee to a broken heart, it is to the mother's arms that the child runs. And we do everything to see our children happy.

But there comes a time when we must learn to let them make mistakes. How difficult this task is! If it were up to us, we would certainly make all the decisions for them and suffer the consequences for them. But we must allow them to grow and mature; choosing wrong and making mistakes is part of this process.

Here at home, I have always tried to teach my children to make choices. From a young age, I understood that the best thing I could do for them is to teach them to choose. Life is full of choices. We choose all the time: from the clothes we are going to wear, to what we are going to eat, to the profession we are going to follow or the person we decide to spend our lives with. Every choice has a consequence, and while they were children it was easier to show the consequence and allow them to suffer from it.

 

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Now that they are becoming adults, things are more complicated. The consequences are more serious and can be irreversible. How to deal with this? How not to interfere in the choices of these people that we love more than anything? The best example we can follow is God the Father.

The Father loves us with infinite love and created us to one day be with Him in the glory of Heaven. To be able to love, He gave us freedom. He gave us Jesus Christ as our example to follow, who showed us the way to Heaven and died on the cross to save us. He gave us the Church, our Mother and Teacher, who guides us along this path. He gave us all the sacraments that strengthen our faith and feed us on our way. He gave us Mary Most Holy, our Mother and Educator, to help us in all our needs. He gave us our holy guardian angel, a powerful protector, who accompanies us since we were conceived and will be with us until our judgment, on the day of our death.

He sustains us and fills us with grace every day, but because of our freedom we can choose another way. We can choose to reject this love. And what does the Father do? He continues to love us, to care for us, and to hope that we can return to the path of true happiness. He does not prevent us from suffering the consequences of our choices, including the worst of all, the condemnation to hell, should we die in a state of mortal sin. But He is always ready to receive us with open arms, like the father of the prodigal son, every time we repent and decide to return to the communion of love with Him.

 

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This is the attitude we should have with our children. Guide them as best we can, explain to them the consequences of their choices, but let them make their own decisions. Even if this means choosing a path away from God that may lead them to hell. And if this is indeed their choice, what is up to us is to pray a lot, to bend our knees and implore the Father of Mercy to touch their hearts so that they repent and return to the path of life, of happiness. We can deliver them into the hands of Mary Most Holy and ask Her to educate them, to make up for our failures in their education, and to protect them from all Evil.

And when they decide to return, our attitude should be to receive them with open arms, with much joy, because as Jesus said "there will be more joy in heaven over one sinner who repents than over ninety-nine righteous people who have no need of repentance" (Luke 15:7).

 

We must allow our children to grow and mature; choosing wrong and making mistakes is part of this process. #catholicmom

A DIFÍCIL TAREFA DE DEIXAR QUE OS FILHOS COMETAM ERROS

Nós, mães, somos programadas para proteger os filhos sempre. Desde o ventre, nossa missão é fazer com que aquelas criaturinhas cresçam e se desenvolvam saudáveis, alimentando, cuidando, educando e principalmente protegendo de todos os perigos. Em qualquer situação de dor, desde um joelho ralado até um coração partido, é para os braços da mãe que o filho corre. E nós fazemos de tudo para vermos nossos filhos felizes.

Porém, chega a hora que precisamos aprender a deixar que eles cometam erros. Como é difícil essa tarefa! Se dependesse de nós, certamente tomaríamos todas as decisões por eles e sofreríamos as consequências por eles. Mas é preciso permitir que eles cresçam e amadureçam; escolher errado e cometer erros faz parte desse processo.

Aqui em casa sempre tentei ensinar os filhos a fazerem escolhas. Desde pequenos, entendi que a melhor coisa que poderia fazer por eles é ensiná-los a escolher. A vida é repleta de escolhas. Escolhemos a todo momento: desde a roupa que vamos vestir, o que vamos comer até a profissão que seguiremos ou a pessoa que decidimos passar a vida juntos. Toda escolha tem uma consequência e enquanto eram crianças, era mais fácil mostrar a consequência e permitir que sofressem com ela.

Agora que estão se tornando adultos, as coisas são mais complicadas. As consequências são mais graves e podem ser irreversíveis. Como lidar com isso? Como não interferir nas escolhas dessas pessoas que amamos mais que tudo? O melhor exemplo que podemos seguir é de Deus Pai.

O Pai nos ama com amor infinito e nos criou para, um dia, estar com Ele na glória do Céu. Para sermos capazes de amar, Ele nos deu a liberdade. Ele nos deu Jesus Cristo como nosso exemplo a seguir, que mostrou o caminho que leva ao Céu e morreu na cruz para nos salvar. Ele nos deu a Igreja, nossa Mãe e Mestra, que nos orienta nesse caminho. Ele nos deu todos os sacramentos que fortalecem nossa fé e nos alimentam nessa caminhada. Ele nos deu Maria Santíssima, nossa Mãe e Educadora, para nos socorrer em todas as nossas necessidades. Ele nos deu nosso santo anjo da guarda, poderoso protetor, que nos acompanha desde que fomos concebidos e estará conosco até o nosso julgamento, no dia de nossa morte.

Ele nos sustenta e nos enche de graças todos os dias, mas, por causa de nossa liberdade, podemos escolher outro caminho. Podemos escolher rejeitar esse amor. E o que o Pai faz? Continua nos amando, cuidando de nós e esperando que possamos voltar ao caminho da verdadeira felicidade. Ele não impede que soframos as consequências de nossas escolhas, inclusive a pior de todas, a condenação ao inferno, caso morramos em estado de pecado mortal. Mas Ele está sempre pronto a nos receber de braços abertos, como o Pai do filho pródigo, cada vez que nos arrependemos e decidimos voltar a comunhão de amor com Ele.

Esta é a atitude que devemos ter com nossos filhos. Orientá-los da melhor forma possível, explicar sobre as consequências de suas escolhas, mas deixar que eles tomem suas próprias decisões. Mesmo que isso signifique escolher um caminho longe de Deus que possa levá-los ao inferno. E se realmente essa for a escolha deles, o que cabe a nós é rezar muito, dobrar nossos joelhos e implorar ao Pai de Misericórdia que toque o coração deles para que se arrependam e voltem ao caminho da vida, da felicidade. Podemos entregá-los nas mãos de Maria Santíssima e pedir a Ela que os eduque, que supra as nossas falhas na educação deles e que os proteja de todo Mal.

E quando eles decidirem voltar, nossa atitude deve ser recebê-los de braços abertos, com muita alegria, pois como disse Jesus "assim have­rá maior júbilo no céu por um só pecador que fizer penitência do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lc 15,7)


Copyright 2022 Flávia Ghelardi

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