
Flávia Ghelardi considers how, in our everyday lives, we can live out our calling to lift up our hearts to the Lord.
Flávia Ghelardi writes from Brazil in English and Portuguese. Vá para a versão em português.
At the beginning of the Eucharistic Prayer at holy Mass, the priest invites everyone to lift up their hearts to God. In Latin, “sursum corda”: hearts up high. And our response is: “We lift them to the Lord.” This is an important moment, because we raise our hearts to Heaven so that we can also participate in some way in the heavenly liturgy. At Holy Mass the sacrifice of Jesus on the Cross is renewed in the presence of the angels and saints, so it's as if Heaven were there with us.
This call to lift up our hearts to God should not be restricted to the moment of the Eucharistic liturgy. The saints, those who learned to live united to God while still here on earth, always had their hearts in heaven. That's why St. Paul could say: “For to me life is Christ, and death is gain” (Philippians 1:21). He was so united to Jesus and to the supernatural world that he saw the moment of his death as a gain, because he would be able to contemplate the face of God eternally.
The meaning of “sursum corda”
What does “sursum corda” mean? A few people are called to live this out in a radical way, abandoning the things of this world and living cloistered or isolated, only worshipping and serving God with this renunciation of material things. In this way, their hearts and minds are exclusively on Heaven.
How to live the “sursum corda”
However, the vast majority of us are called to live the “sursum corda” in the midst of our daily lives, to live in the world without neglecting our professional, family, and social obligations, but with our hearts set on Heaven, always remembering that we are on a path whose goal is Heaven.
Our day-to-day obligations are the seeds of eternal life. The way we fulfill these obligations can bring the fruit of a happy eternity in Paradise. We gain Heaven not in spite of our worldly tasks, but precisely because of those tasks.
Father Joseph Kentenich used to say that we need to do the ordinary extraordinarily well and faithfully fulfil our duties (Schoenstatt–The Founding Documents Waukesha 1993 and Everyday Sanctity Sch e-Library 2006). Seeking the utmost care in every single thing we need to do during the day, and offering that care to God, is the way to always lift up our hearts.
In our hectic routine, everything wants to attract our attention. Social networks with their countless stimuli every second can take our focus away from what is most important: our eternal salvation. Our passions and weaknesses can also drag us down, trapping our hearts in the fleeting things of this world. To live the “sursum corda” we need courage and strength to fight against everything that takes us away from God.
This struggle will last our whole lives, because the enemy of God also wants to possess our heart and will. But with the constant help of grace and our firm will to live with our hearts in heaven, it will be possible. We must start again with every fall, asking for forgiveness and trusting in God's infinite mercy, knowing that He wants our salvation much more than we do.
Practicing
To incorporate this “sursum corda” culture into our lives, we need to start as soon as we wake up, with a small prayer offering our whole day. Give thanks for waking up and having another chance to love God through our attitudes and the faithful fulfillment of our duties. Little by little, we can incorporate small breaks of a few minutes into our routine to renew this desire to live with our hearts in heaven, offering the next task to do, no matter how trivial. We can also fill our day with jaculatories, which are short phrases (prayers) that we send to God. And at the end of the day, before going to sleep, we give thanks for our achievements and ask for forgiveness for our day's shortcomings, renewing our resolve to be even better the next day.
That way, on the day the Father calls us to give an account of our lives, we'll be at ease because we've spent our lives with Him and heaven won't be a strange place for us. Our hearts have always been there!
Sursum Corda: Corações ao alto
No início da liturgia eucarística na Santa Missa, o sacerdote faz um convite a todos para elevarmos nossos corações a Deus. Em latim “sursum corda”, corações ao alto. E a nossa resposta é: “nosso coração está em Deus”. Esse é um momento importante, pois elevamos nosso coração ao Céu, para participarmos de alguma forma também da liturgia celeste, pois na Santa Missa o sacrifício de Jesus na Cruz é renovado na presença dos anjos e dos santos, então é como se o Céu estivesse ali conosco.
Esse chamado para elevar nossos corações a Deus não deve se restringir ao momento da liturgia eucarística. Os santos, aqueles que aprenderam a viver unidos a Deus ainda aqui na terra, estavam sempre com o coração no Céu. Por isso que São Paulo podia dizer: “porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Fl 1,21). Ele estava tão unido a Jesus e ao mundo sobrenatural, que enxergava o momento de sua morte como um ganho, pois poderia contemplar eternamente a face de Deus.
Significado do “sursum corda”
O que significa então o “sursum corda”? Algumas poucas pessoas são chamadas a viver isso de maneira radical, abandonando as coisas desse mundo e vivendo enclausuradas ou isoladas, apenas adorando e servindo a Deus com essa renúncia das coisas materiais. Assim, seus corações e suas mentes estão exclusivamente no Céu.
Como viver o “sursum corda”
Porém a grande maioria de nós é chamada a viver o “sursum corda” no meio dos afazeres do nosso cotidiano. Viver no mundo, sem negligenciar nossas obrigações profissionais, familiares e sociais, mas com o coração no Céu, lembrando sempre que estamos num caminho cuja meta é o Céu.
As nossas obrigações do dia a dia são sementes da vida eterna. A forma como cumprimos com essas obrigações podem trazer o fruto de uma eternidade feliz no Paraíso. Ganhamos o Céu não apesar das nossas tarefas mundanas, mas justamente por causa dessas tarefas.
O Pe. José Kentenich costumava dizer que precisamos fazer o ordinário extraordinariamente bem e um fiel e fidelíssimo cumprimento do dever. (1º Documento de Fundação – Documentos de Schoenstatt, Atibaia 2002 e Santidade de Todos os Dias, Santa Maria 2018) Procurar o máximo de cuidado em cada coisa que precisamos fazer durante o dia e oferecer esse cuidado para Deus, é a forma de elevarmos sempre nossos corações ao alto.
Em nossa rotina agitada tudo quer chamar nossa atenção. As redes sociais com inúmeros estímulos a cada segundo podem tirar o nosso foco daquilo que é o mais importante, nossa salvação eterna. Nossas paixões e fraquezas também podem nos arrastar para baixo, para prender nosso coração nas coisas passageiras desse mundo. Então, para vivermos o “sursum corda” precisamos de coragem e de força para lutar contra tudo aquilo que nos afasta de Deus.
Essa luta vai durar toda a nossa vida, pois também o inimigo de Deus quer possuir nosso coração e nossa vontade. Mas com a ajuda constante da graça e a nossa firme vontade de viver com nosso coração no Céu, isso será possível. É preciso recomeçar a cada queda, pedindo perdão e tendo confiança na infinita misericórdia de Deus, sabendo que Ele deseja nossa salvação muito mais do que nós mesmos.
Na prática
Para incorporamos essa cultura do “sursum corda” em nossa vida, é preciso começar, logo que acordamos, com uma pequena oração oferecendo todo o nosso dia. Agradecer por termos acordado e ter mais uma chance de amar a Deus através das nossas atitudes e do fiel cumprimento dos nossos deveres. Aos poucos podemos incorporar em nossa rotina pequenas pausas, de alguns minutos, para renovar essa vontade de viver com o coração no Céu, oferecendo a próxima tarefa a realizar, por mais banal que seja. Podemos também preencher o nosso dia com as jaculatórias, que são pequenas frases (orações) que mandamos para Deus. E no final do dia, antes de dormir, agradecemos pelas conquistas e pedimos perdão pelas falhas no nosso dia, renovando o propósito de no dia seguinte, sermos melhores ainda.
Assim, no dia em que o Pai nos chamar para prestarmos conta de nossa vida, estaremos tranquilos pois passamos nossa vida junto Dele e o Céu não será um lugar estranho para nós. Nosso coração sempre esteve lá!
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Copyright 2024 Flávia Ghelardi
Images: Canva
About the Author

Flávia Ghelardi
Flávia Ghelardi is the mom of four, a former lawyer already "promoted" to full time mom. Flávia published her first book FORTALECENDO SUA FAMÍLIA and is a member of Schoenstatt´s Apostolic Movement. Flávia loves to speak about motherhood and the important role of women, as desired by God, for our society. She blogs at www.fortalecendosuafamilia.blogspot.com.
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